sexta-feira, 19 de junho de 2015

Mal/u



Meu coração parece um metrónomo,
a cada hora está de um lado,
sempre alternando-se.
Marcando-se o tempo a cada batida.
Queria livrar-me de tal indecisão qual me afeta minh’alma,
queria amar ao menos um de verdade, e não em pedaços.
Por que ninguém merece,
por que nenhum merece.
Se me sinto feliz de um lado o outro vai mal,
e nunca estou bem de verdade.
Sempre tem um lado que pende ao dramatismo.
Não sei o que sinto, não sei o que sentir.
Por favor, para, eu quero descer.
Eu preciso de ajuda.
Estou me desfazendo a cada momento.
Estou mal.
estou mal
ME sinto mau
eu faço mal.
não quero isso, apenas acontece.
sou uma pessima pessoa,
não deveria existir.
mas ainda assim estou aqui.
e como se não já bastasse -me ser um desastre,
ainda há quem diga que sou boa.
EU NÃO SOU BOA!
EU
NÃO
SOU
BOA!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
EU ME SINTO
MAL
POR SER A PORRA DE UMA PESSOA RUIM.
.
.
.
sem querer ser……………..
eu não quero ser isso
eu não quero,
ser.
ISSO.


só quero paz.
um pouco de uma remota paz
a qual não sinto há anos porquê
sempre, sempre, sempre tem algo errado
SEMPRE!


As pessoas vem,
tiram tudo que podem de mim.
arrancam sorrisos,
me fazem crer que
eu não sei oq.
e depois de terem consumido
tudo que há,
esgotado todos meus recursos,
elas se vão.
elas se
vão.
e deixam esse vão.
e me magoam,
por que não?
POR QUE, NÃO?
não sei porque.
e cada vez que sobrevivo a um coração partido
mas fragmentado ele fica,
a passo de que a cada pessoa que aparece
ele se reluta em aceitar.
eu não sei amar.
não sei oq é o amor;
Tenho uma vaga ideia doque devia ser
mas não o sinto, não como devia
não por completo
não por um só.
Que tipo de pessoa eu sou?
QUE PORRA DE PESSOA
EU
SOU???
não costumava ser assim,
o que aconteceu?
era tão simples,
era só fazer
só sentir
só lidar.
não me importar com que falavam
porquê só ouvia coisas ruins.
então por quê agora, que algo de bom acontece
eu não consigo ser boa o suficiente
pra acontecer?
por que não consigo ser boa em nada?


POR QUE DIABOS
EU NÃO SOU BOA?
só queria estancar esse sentimento
só queria saber o que fazer.
só quero uma saída,
não pra mim,
não…
pra quem eu não consigo agradecer
por me fazer feliz sem saber.

- Lorraine Luns -

domingo, 25 de janeiro de 2015

C'aféeto, fragmento.

          [ ... ]
- Sinto sua falta.
É tudo que ouço após atender o telefone no meio da noite, e apenas isso, sem identificação, sem números, nem mais uma palavra. Apenas isso, apenas esse baque seco. Mas eu sabia quem era, era impossível não reconhecer aquela voz, que por tantos anos me acompanhou... Assombrou, seria a palavra adequada. Passei o resto da noite remoendo lembranças. E por fim, engoli o medo e disquei aqueles números que conhecia muito bem.
- Por que você faz isso?
- Me desculpe, acontece.
- Você sempre volta pra lembrar que não posso ficar em paz não é? Tenho que ficar triste por você estar bem.
- Quem disse que estou? Porque você sempre acha que estou tão bem assim?
- Porque não fui eu quem foi embora. Não fui eu que sai de manhã e nunca mais voltei.
- Eu sinto muito. - E após alguns segundos em silêncio - mesmo.
- Eu é quem sinto.
Desliguei o telefone, pois aquilo não levaria a nada. E já começava a me afogar de novo nas lembranças e marcas que ele deixara. Passou-se um ano inteiro até que conseguisse isso, esse telefonema sem nenhum sentimento. E tenho tantas coisas para falar, sobre o modo em que o odeio profundamente, por tudo que ele me fez passar sozinha. Mas era de se esperar, pois sempre que uma nova amizade se iniciava, ele me esquecia durante uns tempos.
Por fim, peguei no sono pensando em todo desafeto que ele deixou, e o que restara de mim após sua partida. Apenas o tinha e ninguém mais.
[ ... ]

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

The open door secrets.

É impressionante como todos temos um universo secreto; Obrigado por permitir meu acesso. Vejo um caos sem ordem em progresso ideias retas e claras misturadas, com ideias escuras e tortas. Por onde entrei? Como vou sair? Já me perdi ! São tantas portas... A bem da verdade estou curioso ainda não penso em partir. Se atras de uma dessas portas encontrar boa música e bebida vou ficando por aqui, explorando sua mente. Fiquei estranhamente interessado pelos mistérios aqui guardados. Vejo uma porta entreaberta, com meia luz e o som pesado do Suicidal Tendencies tocando. Ao entrar encontro poltronas confortáveis e uma mesa com cigarros e destiláveis. Um ambiente perigosamente cativante por que não dizer, viciante... Ótimo para entreter o recente vazio que se espalhou em minha mente. Que porta perigosa, por que não passa um cadeado? Eu te ajudo a pegar o que tem de bom levamos as poltronas, cigarros e destilados e colocamos na sala ao lado, aquela vazia com CDs espalhados. Tem muita música de qualidade aqui passei por alguns clássicos empoeirados, esperando ansiosos para serem tocados. Não precisa ter medo de arrumações e mudanças um bom clássico agrada a todo mundo ainda mais quando bem acompanhado pela bela Hanabi ao lado.

- Leonardo Lunz -

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

May - be

Talvez,
mas só talvez,
se você não me amasse
nossa pequena história
teria se prolongado.
Talvez,
se no calor das emoções
eu não tivesse me precipitado
em sentir qualquer coisa por você,
e depois me arrepender do que falei,
tivéssemos outro percurso agora.
Talvez,
mas bem talvez,
se não fossemos tão assim,
as coisas não estariam tão turvas
pra mim.
Talvez,
se eu nunca tivesse dito
que era a pessoa perfeita,
você não tentaria ser, e não
acabaria forçando demais a mim,
e meus limites pessoais.
Talvez,
se meu coração já não fosse de alguém,
fosse seu.
Se não errasse tanto as mesmas coisas,
se não me pusesse sempre a prova,
se não excedesse aos meus padrões de aceitaveis,
se não houvesse tanto drama,
não me empurraria de volta a certeza
que tenho em outros braços.
Eu tentei te fazer feliz,
mas o que você quer não há como,
ao menos eu,
conseguir.
Infelizmente, pertenço a outros
sou um pouco de cada pessoa,
e não de um só,
apesar de pulsar por um único.
Um único amor.

- Lorraine Luns -

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Prince..


Meu pequeno principe,
Terá todo meu amor.
sempre que precisar sabe onde estarei,
Pode me gritar,
De onde estiver eu te ouvirei.
Pra salvar meu pequeno do perigo
Jogaria-me até de um abismo,
Mas não antes de saber o porquê.
Poderia simplismente calcular quantos grãos cabem em um bolinho de arroz,
Ou dar nome a todos os pandas do mundo...
E sem ser Bob ou Rex,
Apenas
Pra te ver sorrir.
E tudo mais my prince?
Talvez esteja beijando os sapos errados,
Mas de erros e acertos temos um bocado...
E mesmo que teu corpo estremeça,
Apenas por um instante junte-se a mim na mesa,
Só pra olhar seus olhos amendoados e dizer
Que paus,pedras, ults e facas
Podem ferir sua carne fraca.
Mas com o tempo , pequeno,
Até o veneno,
Se dissolve...
Saiba que EU não o abandono,
Então deite-se ali enquanto velo seu sono.
Saiba que tudo não passou de um pesadelo,
Que amanhã de manhã te acordarei com um beijo.
Na testa
Claro.
Com um pouco de café e alguns suspiros de compania,
E a partir dái , sim, vale-se o dia.
                - Lorraine Luns -

Batata frita

Noite a dentro,
Céu estrelado, um céu noturno
Um pingo gelado.
Corre pra cama,
Cama gelada,
girando em torno uma "balada".
Ressaca de dia e tarde vazia,
Tomando banho de água fria.
Pra esquentar nosso café gelado,
Nada que não se cure com um abraço apertado.
Talvez outro dia de céu estrelado
Posso estar outra vez ao teu lado.
Céu vazio,
Céu da boca...
Bem que podia enche-lo
Talvez com café,
Ou com seu beijo.
Noite vazia e batata frita
Volte aqui e esquente meu dia.
                           - Lorraine Luns -

sábado, 6 de abril de 2013

Cigarro



  Cigarro

         Abro os olhos e a lua me encara, com cara de quem faz uma repreensão a um amigo, cara redonda de queijo, uma luz ofuscante, venta frio e minha mão escorrega do peito e cai na água da piscina em que se encontra no meu lado direito. Noite quente de fevereiro, mais um gole, porém nada parece mais legal depois do vinho,  na verdade, estou mais triste, ao som grunge olhando o céu com a Mao na água suja, a música pareceu eterna. Resoando morta do vigésimo segundo andar; O ponto vermelho que piscava em cima do prédio parecia dançar aos meus olhos turvos. A fumaça presa no ar, o vento tem cheiro de mar. Eram meia-noite quando decidir que nada tinha feito sentido até aquele momento. Me sento e com a mão ainda molhada dou minha segunda tragada, olhos turvos e gosto de menta, vinho e fumaça. Fumaça exasperada, para a lua que observava. Menos uma garrafa de cerveja e uma taça de vinho, entra quente e sai frio. A fumaça branca subindo e sumindo parecia ilusão, até outra alma arrancá-lo de minhas mãos. Não o culpo pois do mesmo mal compartilhamos o mal do coração. Era tanto peso no ar, coisa que nunca dizemos escorrendo pelo rosto. Voltei a deitar, parada de olhos fechados sentindo o cheiro do mar e tabaco queimado, em um segundo penso em milhões de coisas enquanto escutava "I know someboday you have beautiful life , you know you be a star", abri os olhos para enxergar outras estrelas, e ao invés disso haviam pássaros migrando e nuvens negras. Porque diabos? E porque sempre Black? Maldição
            Enquanto a musica me matava, os pássaros se foram. Achei sensato fazer o mesmo, enquanto a ultima gota acida do vinho percorria minha garganta o gato se exibia andando no parapeito gradil da piscina, um  convite para uma linda queda de 22 andares e um terraço com piscina, e eu nem soube se a pobre bola havia sobrevivido, imagine o gato. Durante 05minutos e 38 segundos ninguém ousou interromper a melancolia coletiva, apesar de não esperada. Cinco eternos minutos. Todo o trajeto de volta resoava em "tururu tutururu..." "Oh, the love gone bad turned my word to black, tatooed all I see, all that I am, all I be" Enquanto e estrada corria contra o tempo no canto inferior da janela do ônibus. Sabia que no momento em que minha mão tocou a água e que a boca encontrou um escape era tarde demais, literalmente. Eu havia me perdido a tanto, e talvez nunca me encontre, mas apesar de tudo, sinto-me mais...
            Eu.

                                                                                                   - Lorraine Luns -

Imaginary Tragedies




            Hoje penso em todas as tragédias imaginarias que me libertaram, e não posso deixar de pensar que um dia assim como meus problemas virarei fumaça que o vento leva. Talvez, não seja tão ruim, quer dizer, a vida útil da fumaça de cigarro não dura muito, nem da tempo de sofrer. Quem sofre é o pulmão que a deixa livre. E meu deus como queria um agora, ver a fumaça tomar forma, acho que não é vicio mas deus, ainda sim como queria. Não me sinto feliz com ele, apenas menos triste e pouco mais melancólica, penso em chuva e café, o que seria uma bonita combinação, café, chuva e cigarro. E um luxo publicado para manter meu estilo escritor desempregado barbudo e viciado que um dia cometerá suicídio. Queria morrer igual o Constantine só para constar. Pulsos cortados e fumaça. Daria uma bela pintura quem sabe. Oh meu deus, acho que sou suicida :O  . Hum... Não me importo. Só quero um maldito cigarro. Acho que vou morrer. Tanto faz. Maldito gosto amargo que me fez te provar. Já nem ligo muito se me viciar, já não é algo que realmente queira mudar, e quem sabe é esse o motivo de gostar disso.

                                                                                                              - Lorraine Luns -

terça-feira, 5 de março de 2013

One days who knows...





         A boemia da música,me faz ver como o mundo pode ser o que quer.  Me faz pensar em um futuro que abraçaria confortavelmente, como um começo de noite, uma xícara de algo alcoólico e um cigarro confortavelmente quente, olhando a chuva, vendo pessoas passar, algumas alegres com seus amantes, se sentar em uma sacada com um frio agradavelmente amigo, sabendo que mesmo que se olhar para o céu noturno nada o olhará de volta, a lua se foi e estrelas não aparecerão,  e enfim escrever sobre mais uma de suas desilusões amorosas.
            E que por mais você já tenha sido feliz com alguém, só o que resta , e sempre o que te resta e as coisas que você nunca falou, e coisas que não deveria ter dito. Uma melancolia fria pra combinar com um café forte e um bom livro. Algum que te faça pensar,  qualquer um que tenha um jardim verde com flores amarelas e vermelhas,  talvez cercas brancas.
    Até quem sabe passarinhos...





                                          - Lorraine Luns -